A OAB Subseção Feira de Santana vai sediar, nesta quarta-feira (23), das 8:30 às 12:00, na sede da instituição, um evento promovido pela Polícia Civil para dar início às discussões sobre os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Para o evento, a Polícia Civil acionou toda a rede de apoio e proteção à mulher, e buscou o apoio da OAB Subseção Feira. A vice-presidente da instituição, Lorena Peixoto, declara que é de grande importância esse evento, não apenas pela temática tratada, mas para dar visibilidade à sociedade de todos os órgãos e entidades que compõem à rede de apoio. “Ainda será possível demonstrar, mais uma vez, que a mulher que se encontra em condição de vulnerabilidade, não está sozinha”, afirma. O objetivo do evento é discutir a dupla vulnerabilidade da mulher negra, tanto pelo machismo quanto pelo racismo estrutural. O início da contagem dos 21 dias começou no último dia 20, data em que houve uma dupla comemoração, visto que também foi o dia da Consciência Negra. Mundialmente, a celebração tem “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, ocorrida entre 25 de novembro, “Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher”, e 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que também objetiva a proposição de medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade. “A campanha busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressões contra meninas e mulheres em todo o mundo, fazendo um recorte ético, racial, de gênero e demais marcadores a fim de respeitar e compreender a pluralidade destas. Trata-se, portanto, de uma mobilização anual, empreendida por diversos atores da sociedade civil e do poder público”, explica Esmeralda Halana, presidente da Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher e da Advogada da Oab subseção Feira. Ainda segundo a advogada, para este movimento acontecer é de fundamental importância a participação dos homens, a fim de compreenderem como o machismo atua na estrutura da criação masculina, qual o papel deles nesse sistema e como buscar sair da lógica machista e patriarcal. “Apesar de ser um trabalho longo, árduo e contínuo, é necessário que ocorra para que haja esperança de um futuro menos violento para as nossas meninas e mulheres”, frisa.
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