O presidente do PL na Bahia, João Roma, reafirmou que o partido buscará a renovação para a disputa das eleições em Feira de Santana, com o objetivo principal de lançar candidatura própria para prefeito da cidade. O ex-ministro da Cidadania não afasta, porém, a possibilidade de manter diálogo para composição com outros partidos, destacando, por exemplo, as recentes conversas com o deputado federal Adolfo Viana, presidente estadual do PSDB, e com o deputado estadual tucano Pablo Roberto. Roma disse que o PL pode também atrair novo nome para a disputa em 2024 e montar uma chapa competitiva de vereadores.
“Feira de Santana é uma cidade pela qual temos uma atenção especial, é uma referência em serviços e precisa de um projeto arrojado que pense grandiosamente a sua reestruturação”, destacou João Roma, em entrevista à Rádio Subaé, de Feira de Santana, ao lembrar que a Princesa do Sertão é a maior cidade do interior não só da Bahia, mas do Nordeste brasileiro.
O ex-ministro da Cidadania foi questionado se, em caso de não lançar nome próprio, se o PL apoiaria Pablo Roberto ou o ex-prefeito José Ronaldo. “A prioridade do PL é lançar quadros novos. Queremos atrair pessoas para o nosso partido, queremos buscar fortalecer Feira. Tenho uma relação muito boa e respeitosa com o ex-prefeito José Ronaldo, mas o que nós queremos é fortalecer o partido e encontrar o melhor projeto para a cidade”, respondeu.
Ao ser perguntado por uma segunda fez sobre a conversa com Adolfo Viana e Pablo Roberto, Roma disse que foi uma conversa de aproximação, mas que nada foi definido. “Estamos, como disse, buscando atrair novos quadros para o partido. Um novo personagem pode se filiar ao PL”, disse Roma, sobre as eleições de 2024 em Feira. Ele salientou que oito municípios baianos com propaganda eleitoral em rádio e TV terão os cenários definidos com a participação dos deputados estaduais e federais, lideranças das cidades e também pela Executiva Nacional do PL.
O ex-ministro da Cidadania comentou os primeiros meses das gestão petista e sobre o programa Bolsa Família, que o governo do PT afirmou que foi “relançado”. “Estão dizendo que foi relançado o Bolsa Família como se o governo Bolsonaro tivesse acabado com o programa. Foi no governo Bolsonaro que se triplicou o investimento social. Hoje eles anunciam como novidade o pagamento de R$ 600 reais que já vinha sendo feito em nossa gestão”, criticou Roma.
O presidente estadual do PL pontuou que o governo petista retirou do programa incentivos para que os beneficiários buscassem trabalho, como o incentivo de R$ 200 para quem conseguisse emprego com carteira assinada. “Em pouco tempo, ficam claros os retrocessos”, lamentou o ex-ministro, responsável pela criação do Auxílio Brasil. Segundo Roma, o governo Lula tem olhos no retrovisor e faz política de acirramento, com aumento do tensionamento ideológico e o cometimento de crimes como a invasão de terras produtivas pelo MST.