Especialista aponta como memórias emocionais mal elaboradas sabotam profissionais

O sucesso pode acionar registros de dor antigos e levar a crises emocionais intensas, como crises de ansiedade, depressão e comportamentos compulsivos

Foto: Guilherme Breder / www.bsfotografias.com.br

Nem todo colapso acontece no fracasso. Para parte dos profissionais de alta performance, o sucesso pode se tornar um gatilho de dores emocionais antigas, acionando crises de ansiedade, depressão ou comportamentos compulsivos mesmo após conquistas expressivas. A avaliação é do psicólogo Jair Soares, fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) e criador da Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o primeiro lugar global em prevalência de transtornos de ansiedade, com 9,3% da população afetada — cerca de 19 milhões de pessoas. Nesse grupo, executivos, atletas e empreendedores de elite aparecem entre os mais vulneráveis. “O sucesso pode acionar registros emocionais de culpa, exclusão ou medo do fracasso que estavam adormecidos. Não é raro pacientes que chegam ao consultório dizendo: ‘Conquistei o que queria, mas me sinto vazio ou em crise’”, afirma Soares.

De acordo com pesquisas do IBFT, as chamadas memórias emocionais mal processadas permanecem ativas no sistema nervoso e voltam à tona quando a pessoa atinge marcos importantes de sua trajetória. “A mente interpreta o novo patamar como risco de perder, decepcionar ou repetir dores antigas. Esse mecanismo é inconsciente, mas produz sintomas intensos no presente”, explica o psicólogo.

Estudos internacionais reforçam a conexão entre conquistas e crises emocionais. Pesquisa da Yale University publicada na Nature Human Behaviour identificou que cérebros ansiosos apresentam hiperatividade em áreas ligadas ao monitoramento de risco, mesmo em situações neutras. Isso ajuda a explicar por que momentos de vitória podem ser vividos como ameaças, não como alívio.

Terapia de Reprocessamento Generativo

A TRG, metodologia desenvolvida por Soares, atua no reprocessamento dessas vivências. “Não se trata de ressignificar o passado, mas de reorganizar como o corpo e a mente respondem às lembranças. A conquista deixa de estar associada à dor e o desempenho passa a caminhar junto com bem-estar”, diz.

Casos acompanhados pelo IBFT mostram que profissionais submetidos ao processo relatam melhora na qualidade do sono, redução da ansiedade e maior clareza em decisões estratégicas. Para o especialista, integrar sucesso e saúde emocional é um passo urgente. “A cultura da alta performance ainda normaliza a exaustão, mas precisamos entender que a vitória só é sustentável quando o corpo e a mente caminham juntos”, conclui Soares.




Sobre o IBFT

O Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) é uma instituição educacional dedicada à formação de terapeutas especializados em saúde emocional. Fundado com o propósito de transformar vidas por meio do conhecimento, o IBFT oferece formações em diversas áreas, incluindo a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), uma metodologia desenvolvida para tratar dores emocionais profundas. Com mais de 50 mil terapeutas formados no Brasil e no exterior, o instituto se destaca por sua abordagem prática e eficaz no tratamento de traumas, fobias, depressão, ansiedade e outros transtornos emocionais.

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Sobre Jair Soares

Jair Soares dos Santos é psicólogo, terapeuta, hipnólogo, pesquisador e professor, além de ser o fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT). Criador da Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), sua trajetória é marcada por desafios pessoais que o motivaram a buscar soluções eficazes para o sofrimento emocional. Após enfrentar episódios de depressão e insatisfação com abordagens terapêuticas tradicionais, Jair dedicou-se ao desenvolvimento de uma metodologia que pudesse proporcionar alívio real e duradouro aos pacientes. Sua formação inclui graduação em Psicologia pela Faculdade Integrada do Recife e especializações em áreas como hipnoterapia e análise comportamental. 

Atualmente é doutorando em Psicologia pela Universidade de Flores (UFLO) na Argentina, onde desenvolve uma pesquisa com a TRG em pessoas com depressão e ansiedade, alcançando resultados promissores com a remissão dos sintomas nestes participantes. Há mais dois doutorados com a TRG a serem desenvolvidos neste momento.

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