Estudos recentes têm explorado como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) afetam a experiência da maternidade, sugerindo que essas mães enfrentam desafios únicos, como dificuldades na comunicação social, alterações sensoriais e a necessidade de rotinas estruturadas.
“Esses desafios no TEA podem tornar a interação com seus filhos e a navegação nas demandas da maternidade mais difíceis. Já as mães com TDAH podem enfrentar dificuldades relacionadas à desatenção, impulsividade e desorganização. São comuns dificuldades em manter a consistência na disciplina, estabelecer rotinas e lidar com as demandas multitarefas da maternidade”, enfatiza o médico que é referência no diagnóstico e acompanhamento neste segmento em adultos, o Dr. Matheus Trilico.
Segundo o neurologista, essas mulheres enfrentam não apenas os desafios comuns da maternidade, mas também as dificuldades específicas relacionadas às suas condições neurodivergentes, precisando de suporte e de estratégias específicas durante essa fase da vida, levando em conta suas necessidades diárias. E para auxiliar nessa jornada, o Dr. Trilico lista 4 estratégias simples, porém eficazes:
- Estabelecer rotinas e estruturas claras;
- Usar auxílios visuais e lembretes para organização;
- Praticar o autocuidado e buscar apoio quando necessário;
- Comunicar-se abertamente com parceiros e familiares sobre suas necessidades;
Além disso, o suporte de profissionais especializados e grupos de apoio pode ser fundamental. Esses recursos oferecem orientação, validação e um senso de comunidade para mães atípicas.
“É importante reconhecer e celebrar a diversidade na experiência da maternidade. As mães atípicas trazem perspectivas e pontos fortes únicos para a criação de seus filhos. Elas podem ensinar lições valiosas sobre aceitação, adaptação e superação de desafios. À medida que a conscientização sobre o TEA e o TDAH continua crescendo, é crucial que a sociedade ofereça suporte e compreensão para essas mães. Ao criar um ambiente acolhedor e inclusivo, podemos capacitar essas mulheres a prosperar em suas jornadas maternas”, explica Dr. Matheus.
Esse outros artigos sobre TEA e TDAH em adultos podem ser vistos no portal do neurologista: https://blog.matheustriliconeurologia.com.br/
Sobre o neurologista:
Dr. Matheus Luis Castelan Trilico – CRM 35805PR, RQE 24818.
– Médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA);
– Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR);
– Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR
– Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista